Sem dinheiro para uma moto 0km? O iMotos te
dá dicas de como não cair em armadilhas na hora hora de comprar a sua
usada
Cena clássica em tempos de mobilidade
urbana: consumidor cansado da ineficiência do transporte público, porém
sem grana para comprar a moto de seus sonhos, um modelo “zero bala”. Uma
boa opção pode ser uma moto usada ou seminova. Mas antes de tudo
procure um modelo que caiba no seu bolso e que também esteja de acordo
com seu estilo de pilotagem e uso. Para nos ajudar nesta peregrinação em
busca da moto ideal, o iMotos convocou Humberto Cury, consultor de
vendas da B&G Motos, revenda multimarcas de São Paulo (SP). Confira
as dicas do especialista que atua há mais de 25 anos na compra e venda
de motos. Na sequência também selecionamos algumas dicas de um
experiente mecânico. 1) Pesquise nos sites de classificados o preço
médio da moto que você quer comprar. Desconfie sempre de valores muitos
baixos – podem ser sinais de um golpe ou de uma moto em más condições.
Confira as ofertas do iMotos. 2) Se for comprar em uma loja
independente, faça uma pesquisa junto aos órgãos de defesa do
consumidor. Verifique a idoneidade da empresa e também a procedência do
veículo. 3) Fique atento à numeração do chassi que não pode apresentar
qualquer alteração ou marcas, o que pode significar adulteração e
causará dor de cabeça para regularizar. 4) Com o número do Registro
Nacional de Veículos Automotores (Renavam) em mãos, você pode fazer uma
consulta no site do Detran de seu Estado. Verifique se há débitos,
dívidas junto a instituições financeiras ou alienação. 5) Confira
minuciosamente toda a documentação: Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA), Seguro Obrigatório (DPVAT) e certificado de
registro e licenciamento do veículo (CRLV). Outra precaução é verificar
se a moto não consta no cadastro de veículos roubados (CNVR). 6) Se o
recibo de venda estiver rasurado, o reconhecimento da assinatura no
documento não será efetuado pelo cartório. Se isso ocorrer, o vendedor
deverá pedir uma segunda via do documento ao proprietário da moto. Na
hora do acerto, o certificado de transferência deve ser preenchido,
datado, assinado e contar com firma reconhecida. A transferência do
veículo deve ser realizada no prazo de 30 dias, a partir da data do
recibo de compra e venda. Se você vendeu seu veículo, é sua obrigação
comunicar a venda ao Detran dentro de um prazo de 30 dias. 7) Atualmente
existe o laudo de vistoria plena do veículo, feito por empresas
credenciadas, que analisa a numeração do motor e do chassi. Confronta as
características da moto com o padrão do fabricante, e ainda analisa o
Cadastro Nacional do Veículo (BIN), eletronicamente, além de vistoriar
os itens obrigatórios de segurança. Algumas lojas multimarcas e
concessionárias já fazem esse laudo antes de revender uma moto usada.
Ele serve como garantia de que a motocicleta está em ordem para rodar e
não tem nenhuma adulteração. Para se prevenir de problemas futuros, uma
opção é exigir esse laudo do vendedor. 8) Por fim, se fechar o negócio,
exija a nota fiscal e o termo de garantia da concessionária ou loja.
Parte mecânica Se a moto estiver com a documentação em dia, lembre-se
que é importante verificar alguns itens da parte mecânica e também da
estética da moto. Consultamos o mecânico Francisco Alves da Silva, 50
anos, da Moto Racer (SP). Veja as dicas do profissional que atua na área
há quase 40 anos. 1) Com a moto em funcionamento, verifique se há algum
barulho estranho no motor, vazamentos nas juntas e se o propulsor está
queimando óleo. Se o motor soltar fumaça branca é sinal de problemas
sérios. 2) Nem sempre a moto que rodou pouco é sinônimo de bom negócio.
Se a moto ficou parada por muito tempo sem os devidos cuidados pode
haver entupimentos ou trincas nas mangueiras, a bomba de combustível (ou
de água, se houver) também pode apresentar defeitos. 3) Peça para fazer
um test-ride e confira a estabilidade, o comportamento das suspensões e
a eficiência do sistema de freios. Segurança em primeiro lugar. 4)
Verifique trincas na pintura e pequenos amassados no tanque, paralamas e
rabeta. Tais sinais podem indicar quedas. Com um mecânico de confiança
veja também pontos de ferrugem, condições do kit de transmissão
(corrente, coroa e pinhão), parte elétrica e pneus. Preste atenção
também às pedaleiras, manoplas e manetes, caso estejam muito gastos
podem indicar alta quilometragem. Não confie somente no hodômetro. 5) Se
o vendedor apresentar o Manual do Proprietário e a chave reserva é
sinal que ele era cuidadoso. Outro sinal de cuidado pode ser conferido
no uso de componentes originais como os pneus, por exemplo.
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